Peer-to-Peer Lending imobiliário

Além de facilitar os trâmites burocráticos encontrados ao buscar recursos por meio dos bancos, o peer-to-peer lending do setor imobiliário também vem ocupando o espaço que antes era exclusivamente dos grandes investidores individuais de crédito privado que as incorporadoras recorriam, principalmente nos períodos iniciais do empreendimento.
Durante anos, conversar sobre investimentos era algo de “outro mundo” para grande parcela da população brasileira. No entanto, este cenário vive uma nova realidade com o novo olhar que os brasileiros estão lançando sobre o mundo dos investimentos.
Mesmo com tantas mudanças neste mercado, a renda fixa segue inabalável. Ela ainda é uma das alternativas que grande parte dos investidores nacionais não abrem mão.
Com isso, surgiu uma modalidade de investimento coletivo que se tornou tendência: o peer-to-peer lending. E é no ramo imobiliário que o P2P Lending tem proporcionado os melhores retornos quando comparamos com outras opções em renda fixa tradicional.
Trata-se de uma categoria inovadora da economia compartilhada onde um conjunto de pessoas se unem para emprestar um determinado valor para outras pessoas ou empresas. No caso de uma peer-to-peer lending do setor imobiliário, as pessoas emprestam dinheiro para construtoras e incorporadoras.
Como nasceu?
Já no âmbito empresarial, o P2P Lending ganhou atenção nos anos 2000. Em 2006 os investimentos nessa categoria passaram a ser realizados sem a participação dos bancos. Com isso, o peer-to-peer começou a ser conhecido devido às vantagens e facilidades. Foi na internet que ele encontrou o local ideal para se consolidar.
Tanto que, com a pandemia da Covid-19, o peer-to-peer lending viu não apenas sua popularidade aumentar, mas registrou um crescimento digno de classificá-lo como exponencial.
Como funciona?
Além de desburocratizar todo o sistema na busca por recursos sem precisar do intermédio de grandes instituições financeiras como bancos ou cooperativas de créditos, o P2P Lending do setor imobiliário ocupa, cada vez mais, o campo do crédito privado. Até então esse espaço era restrito aos grandes investidores individuais.
Em suma, no que tange o peer-to-peer lending imobiliário, as pessoas emprestam dinheiro para construtoras e incorporadoras darem início aos seus empreendimentos. Neste contexto, um grupo de pessoas fornecem um determinado valor para as incorporadoras, assim viabilizando uma obra em sua fase mais importante: o começo.
Vantagens
Focado em democratizar os investimentos no mercado de imóveis, o peer-to-peer lending do setor imobiliário possibilita o investimento neste mercado sem a necessidade de adquirir uma unidade física.
Para integrar este mercado é muito simples. Quem tiver interesse precisa pesquisar por plataformas online que fazem essas ofertas e realizar seu cadastro. A partir daí, é só escolher os projetos que chamam a atenção seja pelo retorno, proposta do empreendimento ou outros aspectos. De forma direta, o investidor seleciona qual empreendimento ele quer emprestar seu dinheiro.
Com isso, assim como qualquer modalidade de renda fixa, ao final de um período predeterminado em cada rodada de captação, o investidor tem o retorno do seu valor aplicado com juros e, em alguns casos, a rentabilidade do projeto pode chegar até 300% do CDI.
É importante citar que, para obter mais segurança no momento do investimento, o investidor deve buscar empresas que atuem como Sociedade de Empréstimos entre Pessoas (SEP) e que estejam certificadas e regulamentadas pelo Banco Central (BC). Assim, quem está investindo terá maior tranquilidade ao fazer um aporte em um empreendimento imobiliário.
Fonte: DinheiroBR/Paulo Deitos