Bitcoin perde US$ 1,2 tri, o pior desempenho em uma década
O Bitcoin (BTC) teve o pior trimestre em mais de uma década, em um momento em que os bancos centrais do mundo apertam a política monetária e provocam grandes desvalorizações nas criptmoedas.
O tombo da criptomoeda mais conhecida no mundo, o Bitcoin, foi cerca de 58% de abril a junho deste ano. Cerca de US$ 1,2 trilhão foi perdido no mercado de criptoativos. É a maior queda desde o terceiro trimestre de 2011, quando o Bitcoin ainda estava começando a ganhar espaço, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Desde lá, o ativo passou por vários altos e baixos, com o valor de mercado das criptomoedas subindo para atingir o pico de US$ 3 trilhões, à medida que passaram a ser mais aceitas em um mercado com taxas de juros baixos que estimulavam a tomada de riscos.
A mudança no cenário global, com aumento de juros e crescimento da aversão a riscos abalou a alavancagem de criptomoedas – ativos que passaram a ser vistos por muitos bancos centrais como uma ameaça à estabilidade financeira.
Segundo a Bloomberg, o Bitcoin chegou a cair 4,4% na manhã de quinta-feira, dia 30, para US$ 19.302, o menor patamar desde 19 de junho. As altcoins, mais voláteis, se saíram pior, com Avalanche e Polygon caindo cerca de 8%.
Segundo a Bloomberg, alguns analistas apontam para sinais de que o fundo do poço pode estar próximo. A desalavancagem que acelerou a queda nos últimos meses pode não demorar muito para parar, disseram estrategistas do JPMorgan (JPM), incluindo Nikolaos Panigirtzoglou, em nota publicada na quarta-feira. Eles também apontaram para o financiamento de capital de risco que “continuou em um ritmo saudável em maio e junho”.
“O Bitcoin teve um bom desempenho nos últimos doze anos ao atingir baixas cíclicas a cada 90 semanas”, disse o estrategista técnico da Fundstrat, MarkNewton. “As baixas devem estar ao virar da esquina de acordo com este composto de ciclo, e deve-se estar em alerta no mês de julho, já que o sentimento parece estar atingindo um ponto de inflexão de baixa.”
Fonte: https://oespecialista.com.br/