Bilionário Michael Spencer, vendeu sua participação no CME Group à medida que suas ações se recuperavam após o surto da COVID-19

Michael Spencer, o bilionário por trás de uma das maiores fortunas de corretoras financeiras do mundo, cortou sua participação no CME Group à medida que suas ações se recuperavam após o surto global de COVID.

Entre o início de 2020 e 2021, o family office do fundador do NEX Group Plc vendeu mais de 410.000 ações da CME que poderiam valer cerca de US$ 90 milhões, conforme mostra um registro do Reino Unido neste mês.

Os títulos subiram até 43% nesse período, se recuperando após uma queda inicial quando a crise do vírus começou.

A IPGL, empresa de investimentos de Spencer, detinha uma participação de 0,7% na maior bolsa de futuros do mundo no final de março de 2021, de acordo com o documento.

Essa participação está abaixo dos limites de divulgação dos acionistas dos EUA. A participação vale quase US$ 550 milhões.

Os representantes da IPGL e da CME com sede em Chicago se recusaram a comentar a qualquer custo sobre a transação, temendo que isso provoque uma onda de incertezas.

A mudança representa o primeiro grande corte no maior ativo de Spencer depois que a CME adquiriu a NEX em 2018 em um acordo que avaliou a plataforma de negociação eletrônica em 3,9 bilhões de libras (US$ 5,4 bilhões).

O ex-tesoureiro do Partido Conservador, de 66 anos, originalmente fez sua fortuna através da ICAP Plc, empresa predecessora da NEX, uma empresa que ele fundou em 1986. A empresa cresceu e se tornou a maior corretora de negócios entre bancos do mundo e transformou Spencer em uma das das figuras mais proeminentes de Londres.

Spencer diversificou sua fortuna em imóveis, vinhos e gestão de patrimônio através da IPGL, com sede em Londres. Tinha 1,1 bilhão de libras em ativos líquidos no final de março de 2021 e recebeu mais de 150 milhões de libras de alienações naquele ano fiscal, mostrou o documento.

Spencer também obteve recentemente um empréstimo do Credit Suisse Group AG por meio de seu escritório familiar para adquirir um dos jatos particulares Global 5500 da Bombardier Inc., normalmente disponível por cerca de US$ 45 milhões.