MACROECONOMIA para Investidores

MACROECONOMIA para Investidores

Seja bem vindo! Iremos aprofundar o entendimento sobre MACROECONOMIA para investidores, abordando os principais indicadores, correlações, impactos positivos e impactos negativos da inflação, taxa de câmbio, PIB, políticas monetárias e fiscais, questões importantes para formação de decisão dos investidores.

Analistas fundamentalistas e técnicos acompanham a macroeconomia diariamente, essa fonte de informação serve de parâmetro para construir operações no mercado financeiro, tais como; juros futuros, mercado de ações, inflação, renda fixa e renda variável, operações de proteção e operações de tomar risco, são exemplos de investimentos baseados nos resultados da macroeconomia.

Inflação

Inflação é uma dinâmica macroeconômica de ordem monetária, pelo qual o preços são inflados durante o tempo. O contrário de inflação é deflação, isso ocorre quando os preços perdem valor.

Quais são os principais indicadores de inflação

IPC – FIPE (Índice de Preços ao Consumidor – FIPE)

Mostra a inflação de famílias paulistanas com rendimentos de 1 a 20 salários mínimos. Compreende os preços de uma cesta com 260 produtos. A coleta e análise dos preços ocorre semanalmente.

IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna)

Índice resultante da média de diferentes índices de variação de preços:

  • Índice de Preços ao Consumidor (IPC – 30%), famílias com 1 a 33 salários mínimos e cesta com 388 produtos;
  • Índice de Preços no Atacado (IPA – 60%) cesta com 431 produtos;
  • Índice Nacional da Construção Civil (INCC – 10%). coleta de dados do 1º ao 30º dia do mês.


IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)

Conhecido como inflação do aluguel é mensurado a partir de duas prévias mensais, a primeira no dia 10 do mês e a segunda no dia 20 do mês, depois no último dia útil do mês.

IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo)

Analisa a variação de preços de uma cesta de consumo com 450 a 460 produtos, para famílias que recebem de 1 e 40 salários mínimos. Calcula mensalmente os preços do 1º ao 30º dia do mês em 11 regiões do país.

O IPCA é muito importante por ser a referência de inflação para o regime de metas definidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Motivos que aumentam a Inflação

O maior desestabilizador da inflação ainda é a velha lei da oferta e procura, essa regra pressiona os preços para cima, quanto maior a procura por produtos, havendo escassez, os preços sobem, assim como se houver abundância de dinheiro na praça, o valor do dinheiro deve cair, existindo mais oferta do que procura, por exemplo; o dólar está mais alto do que o real, neste sentido, existe mais interessados em comprar dólar do que comprar real, indicando excesso da moeda real disponível enquanto o dólar está com maior procura.

Mas a inflação não ocorre a partir de um único motivo, existem diversas variáveis que interferem na inflação conforme a seguir;

Inflação de demanda

Quando existe muita procura por um produto ou serviço, mas a capacidade de produzir não consegue acompanhar o crescimento, essa ausência de capacidade produtiva eleva os preços, tendo como única solução, investir na expansão da capacidade produtiva ou na importação dos produtos de quem possui a capacidade produtiva ideal.

Oferta Agregada - Curva e Definição no Curto e Longo Prazo

No gráfico acima, o eixo vertical representa o preço e no eixo horizontal o PIB do país.

A linha vertical é a Oferta Agregada de Longo Prazo (OALP) e atinge o ponto Y no eixo horizontal, indicando qual o PIB Potencial, indicando a capacidade máxima de produção que o país precisa para ter equilíbrio na infração.

O gráfico mostra o cenário com a melhor situação para o país, considerando pleno emprego e as indústrias produzindo o máximo de sua capacidade.

A linha DA (Demanda Agregada) mostra a procura pelos produtos e serviços. O ponto “Y” indica o estado real da economia do país, revelando qual é a produção atual.

Caso exista certa variação entre o ponto Y e o ponto Y*, conforme o gráfico exposto acima, encontramos o hiato do produto. Que é diferença entre o PIB potencial e o PIB corrente, indicando que a procura está muito longe da capacidade máxima de produção.

Ocasionando alta na inflação, isso ocorre porque a procura é maior que a oferta de produtos ou serviços e a baixa oferta é a consequência da falta de capacidade de produção das industrias do país.

Aumentos dos custos de produção

Isso ocorre muito em relação as taxas cambiais (dólar), por exemplo, a indústria de plástico sofre com o aumento exponencial da moeda estrangeira que utiliza para compra da matéria prima e por consequência repassa esse aumento para os clientes, que sofrem com o aumento dos preços. Neste caso, não houve aumento relativo a matéria prima, mas sim na desvalorização da moeda nacional.

Uma falta de matéria prima, ou demanda de outros locais, também podem alterar os preços dos insumos, por exemplo, um país A, passa a importar mais produtos do que o país B, o fornecedor do país C, para atender a demanda, aumenta os preços da matéria prima.

Interação da Demanda e Oferta

Ocorre a queda na oferta, ou seja, redução de produtos e serviços ofertados para os consumidores, mas a demanda permanece a mesma, gerando um desequilíbrio, isso ocorreu no Brasil em 2001.

Inflação Inercial

Isso ocorre quando os salários são reajustados conforme a inflação, por exemplo, a inflação foi de 7% e os salários foram reajustados em 7%, isso provoca o aumento da inflação.

O que fez a inflação subir de forma exponencial em 2001 e 2002

O gráfico acima mostra a inflação desde 1996

O maior culpado do crescimento da inflação em 2001, foi a crise de energia que afetou o fornecimento e a distribuição de energia elétrica.

As paralizações nas indústrias, geraram uma substancial queda da produtividade, sem que houvesse uma queda na demanda e o resultado dessa pressão, fez explodir a inflação.

Logo em seguida no ano de 2002, o vilão da inflação foi o câmbio, que fez o dólar saltar de R$ 2,60 a R$ 4,00 essa desvalorização da moeda nacional, aumentou os custos de insumos e produtos importados, aumentando a inflação.

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Choque de Oferta

Choque de oferta consiste em aumentar a oferta de produtos de modo exponencial, acelerando o atendimento da demanda. A estratégia de flexibilizar a importação consiste em liberar no país, a entrada de produtos de países que possuem estoque dos produtos que estão em falta no mercado nacional.

Essa abertura de mercado, também faz a economia local buscar produtos no estrangeiro para atender suas demandas reprimidas que estão gerando a inflação.

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Produto Interno Bruto (PIB)

O que é o PIB (GDP – Gross Domestic Product)

PIB ou GDP – Gross Domestic Product no termo em inglês, consiste no valor total de todos os bens e serviços produzidos nos país.

A análise do PIB é dividida conforme abaixo;

  1. PIB Nominal: valor do PIB sem descontar a inflação
  2. PIB Real: valor do PIB descontada a inflação
  3. PIB per capita: valor do PIB pelo número de habitantes

O que é Produto Nacional Bruto (PNB)

É a quantidade de bens e serviços produzidos pelos nacionais de um país em um certo período de tempo.

A produção da empresa Yakult (Japão) e da Coca-Cola (Estados Unidos) no Brasil é levada em conta para o cálculo do PIB, mas por serem empresas estrangeiras produzindo em nosso país, não entraria na conta do PNB.

Por outro lado, a produção da Vale na África, entraria na conta do PNB, mas não entraria na conta do PIB.

Comparativo entre Produto Interno Bruto (PIB) x Produto Nacional Bruto (PNB)

PIB maior que PNB = estrangeiros no Brasil estão ganhando mais do que os brasileiros que moram exterior.

PIB menor que PNB = brasileiros que estão no exterior ganham mais dinheiro do que os estrangeiros vivendo no Brasil.

No Brasil o PIB é maior que o PNB ; (PIB – PNB).

Qual o motivo do PIB ser mais divulgado do que PNP

Ocorre que o PIB é mais utilizado em análises econômicas pelas seguintes razões:

  1. Mais conhecido do que o PNB.
  2. Utilizado internacionalmente.
  3. Facilidade de cálculo

PIB – Cálculo

O PIB é composto por consumo e receita com a seguinte equação;

Y = C + I + G + X – M

  • C = Consumo das Famílias – quanto mais consumo, maior será a produção fazendo crescer o PIB
  • I = Investimento das Empresas – ou “Formação Bruta de Capital Fixo”, quantos mais as empresas investem mais o PIB cresce
  • G = Gastos do Governo – os gastos e investimentos do governo aumenta o PIB.
  • X = Exportações – a receita com exportações aumenta o PIB trazendo dinheiro do exterior para o Brasil
  • M = Importações – reduzem o PIB uma vez que o dinheiro sai do país para o estrangeiro
  • (X – M) = Balança Comercial – A conta “exportações – importações” é chamada de “Balança
    Comercial”.

Calculando o Consumo das Famílias (C)

PIB e dados comparativos da economia mundial e do Brasil - IDV

No gráfico acima podemos ver a importância do consumo das famílias na maior potencia econômica do mundo, EUA que representa 68,7% do PIB americano, aqui no Brasil o consumo das famílias representa aproximadamente 65% do PIB.

O aumento de Renda Disponível (Yd) que é o resultado da subtração entra Renda (Y) menos o pagamento de Impostos (T) são os dois fatores que impactam diretamente no consumo das famílias.

Yd (Renda Disponível) = Y – T

Onde: Y = renda e T = Impostos

Após obter a Renda Disponível (Yd), é hora de encontrar o Consumo das Famílias (C), conforme a formula a seguir;

C = c0 + cYd

  • C = consumo das famílias.
  • c = propensão marginal a consumir – valor que as famílias destinam para o consumo
  • c0 = variável autônoma – parcela do valor que as famílias consomem sem ter renda, através de empréstimos, venda de bens entre outras correlatas.
  • Yd = renda disponível – rendimento da família subtraindo os impostos

Efeito dos Juros no Consumo das Famílias (C)

Quanto maior a taxa de juros, ou aumento da taxa de juros, menor será o consumo das famílias, ou seja, o aumento da taxa de juros impacta negativamente no consumo das famílias.

Políticas monetárias atuam na redução da taxa de juros para aumentar o consumo das famílias, expandindo a economia, ou na retração da economia, quando aumentam a taxa de juros para frearem o consumo.

O freio no consumo das famílias normalmente é utilizado para combater a inflação.

Investimento das Empresas (I)

O investimento das empresas (I) ou Formação Bruta de Capital ocorre quando existe confiança no país, neste sentido, empresários investem em máquinas, equipamentos, estrutura, objetivando o aumento da produção de produtos ou serviços.

Os investimentos das empresas também são influenciados pela taxa de juros. O aumento da taxa de juros, reduz o investimento das empresas que direcionam o capital disponível para renda fixa com risco muito menor do que as atividades empresariais.

A formula para calcular os Investimentos das Empresas;

I = e – di

  • I = Investimento das Empresas;
  • e = Variável autônoma – a confiança das empresas e empresários para investir;
  • d = coeficiente – efeito dos juros nos investimentos das empresas;
  • i = Taxa Real de Juros – taxa juros básica subtraindo a inflação (Juros – Inflação = taxa real de juros).

Gastos do governo (G)

São os gastos do governo em infraestrutura, energia, portos, estradas, compras de bens e serviços, pagamento de salários de funcionários, contratação de licitações, entre outros.

Os juros da dívida pública, também são considerados para o PIB.

Quando o governo aumenta os gastos, o PIB também aumenta devido os reflexos dos investimentos para o país, quando o governo reduz gastos, deixando de investir o PIB reduz.

Existe uma problema nos gastos do governo que está relacionado ao déficit, ou seja, quando o governo aumenta os gastos mas não possui arrecadação suficiente, neste cenário, o aumento dos gastos é prejudicial uma vez que o risco do país aumenta e as taxas de juros também aumentam, além de perder confiança no mercado, refletindo negativamente em diversas variáveis.

O superávit primário, por outro lado, é um bom sinal, mostra que país está economizando para pagar os juros da dívida pública e abater o principal da dívida.

A equação para calcular gastos, déficit ou superávit segue abaixo;

T (arrecadação) – G (gastos) < 0 → Déficit Fiscal

T – G > 0 → Superávit Fisca

Exportações (X)

Corresponde a vendas realizadas para o estrangeiro.

As exportações estão atreladas aos fatores da taxa de câmbio e da renda internacional (PIB Internacional), quanto maior o crescimento internacional maior será as exportações, quanto mais atrativo a taxa de câmbio do país, maior será o nível de exportação deste país.

Importações (M)

Compra de bens de países estrangeiros (exterior).

As importações também estão atreladas a taxa cambial (câmbio), mas também estão atreladas a renda doméstica, o país precisa estar crescendo para que as importações aumentem.

Poupança, investimentos e Sistema Financeiro

O estoque de moedas em circulação é medido por todos os países, isso interfere na liquidez geral do país, no poder de compra da população, rendimento e consumo das famílias.

Os estoques de moedas possuem as seguintes fórmulas;


• M0 (Base Monetária) = Papel Moeda em Poder do Público (PMPP)+ Reservas Bancárias (Rb);
• M1 = Papel Moeda em Poder do Público (PMPP) + Depósitos à Vista (DV);
• M2 = M1 + Saldo da Poupança + Títulos Privados (LH, LI, LC e depósitos a prazo);
• M3 = M2 + Quotas de Fundos de Investimentos + Operações Compromissadas com Títulos Federais;
• M4 = M3 + Títulos Federais (Tesouro Nacional).

A relevância dos investimentos

Sem investimentos a economia não cresce a longo prazo, os poupadores e tomadores de recursos, tem o poder de elevar a economia, quando os poupadores investem em juros, os tomadores não conseguem acesso fácil ao capital, deixando de investir, impossibilitando o crescimento da economia.

Investimentos são realizados com recursos disponíveis, é necessário existir poupança de recursos, o sistema financeiro do país precisa de poupadores e guardam parte dos seus rendimentos.

Os recursos financeiros dos poupadores podem estar no Mercado Financeiro, ou com os Intermediários Financeiros que são os bancos.

Mercados Financeiros

Existem dois grupos no mercado financeiro, Dívida & Equity. Oo investidor, investe em dívida ou investe em equity, conhecidos também como Mercado de Títulos e Mercado de Ações.

DÍVIDA (Mercado de Títulos)

Nesse mercado são negociados certificados de dívidas do setor público ou do setor privado, quem investe nos títulos recebem taxas até a data do vencimento ou também podem vender antes do vencimento.

Exemplos de certificados de dívida;

  • Corporate Bonds
  • US Treasury Bond
  • US Treasury Bill
  • Notas do Tesouro Nacional
  • NTNs
  • Letras Financeiras do Tesouro
  • LFTs

Existem algumas características básicas desses títulos, que são; a) Prazo do vencimento, b) Taxa de Juros, c) Risco de Crédito, isso irá determinar o perfil da dívida.

EQUITY (Mercado de Ações):

O que não é dívida no mercado financeiro é uma operação de Equity, pelo qual o investidor participa do negócio, independente do tempo, por exemplo; uma operação de Day Trade no mercado financeiro é uma operação de Equity.

Empresas podem capitar recursos através de Equity ao invés de tomar dívida, oferecendo participação no negócio, quando a empresa oferece ações ao público é uma operação de Equity.

As ações das empresas são precificadas no mercado de acordo com os seus resultados, as melhores performances geram mais interesse nos investidores, aumentando a procura por suas ações e elevando os preços.

Existem diveros metodos fundamentalistas para avaliação a ação de uma empresa;

  • Preço/Lucro (P/L) ou Price/Earnings (P/E)
  • Preço/EBITDA
  • P/L médio

Por esse motivo que o aumento dos juros gera queda na bolsa

As ações das empresas precisam oferecer retornos maiores do que os juros, mas quando os juros aumenta, fica difícil oferecer menos risco e maiores retornos, desta maneira, o capital foge da bolsa e entra em renda fixa.

No cálculo com projeção do caixa descontado com taxa futura, os juros altos reduzem o valor presente da empresa.

Juros altos impedem investimentos a longo prazo que impactam na geração futura de receita e lucros.

A bolsa perde atratividade perante os investimentos em dívida, menos capital na bolsa, menos crescimento do setor privado.

Política Monetária

Taxa Selic

A Selic é a taxa de juros básica, que é o juros de financiamento diário do governo por 1 dia útil, sua função é remunerar as operações compromissadas entre bancos.

Operações compromissadas são empréstimos entre bancos com prazo de 1 dia, utilizando garantias em títulos públicos.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, é quem define a Taxa Selic.

Taxa Selic Efetiva (Selic Over)

Taxa Selic Efetiva (Selic Over) é o cálculo do Banco Central que mostra a média das taxas de todas as operações compromissadas efetivadas.

Uma das funções do Banco Central é converter a Selic Efetiva na Selic Meta.

Isso ocorre mediante a política monetária que controla a quantidade de moeda em circulação na economia. Decidindo sobre o aumento ou redução do estoque de moeda em circulação.

CDI (taxa do DI)

CDI é a taxa de juros de empréstimos interbancários. Os bancos emprestam dinheiro para outros bancos sem necessidade de garantias, diferente das operações compromissadas onde existe a garantia por meio de títulos públicos.

As atribuições do Banco Central

Regulador do setor bancário.

Empresta dinheiro para os bancos.

Conduz a política monetária no Brasil.

Controla a oferta de moeda na economia.

Administra as reservas internacionais (o caixa disponível em dólar) do Brasil.

Tem o monopólio da emissão de Papel Moeda em Poder do Público (PMPP).

ATIVOS do Banco Central

Empréstimos aos Bancos Comerciais.

Empréstimos ao Governo.

Reservas internacionais (em dólar).

PASSIVO do BACEN

Papel Moeda em Poder do Público.

Reservas bancárias (PPMP).

Motivos que afetam o Passivo Monetário e reflete na Base Monetária:

Aumento/Redução de empréstimos aos Bancos Comerciais

Aumento/Redução de empréstimos ao Governo

Aumento/Redução das Reservas Internacionais

Instrumentos de Política Monetária

O BACEN utiliza diversos instrumentos na condução da política monetária, buscando manter a inflação sob controle, próxima da meta da inflação, para isso pode utilizar alguns dispositivos;

Reserva Compulsória

É uma obrigação dos bancos, ocorre quando uma pessoa física ou pessoa jurídica, deposita qualquer valor nas instituições financeiras e um percentual (%) deste valor, deve ser transferido para o Banco Central, a título de reserva compulsória, ou depósito compulsório.

Esse instrumento de política monetária, ocorre quando Banco Central decide aumentar ou diminuir esse percentual de reserva, controlando a oferta e demanda de moedas.

A redução do depósito compulsório, estimula a economia e a redução da taxa de juros.

O aumento do depósito compulsório, restringe a economia, reduz o consumo e aumenta os juros.

Esse instrumento atua diretamente na inflação, reduzindo ou aumentando de acordo com a política do depósito compulsório.

Open Market

O Banco Central realiza as operações de Open Market, com objetivo de converter a taxa Selic Efetiva para a taxa Selic Meta que é estabelecida pelo Copom.

Reduzir a oferta de dinheiro é um dos pontos principais que causa mais efeito na redução da inflação. O Banco Central tira o dinheiro da praça que é o dinheiro em circulação, vendendo títulos públicos para os bancos, que ao invés de emprestar aos tomadores, preferem usar os recursos disponíveis para comprar títulos públicos, que são mais seguros e atrativos.

Esse dispositivo faz com que a taxa Selic Efetiva seja forçada para a taxa Selic Meta.

No sentido contrário, objetivando reduzir a taxa Selic efetiva, o Banco Central passa a ser o comprador de títulos, são os bancos que vendem títulos para o Banco Central, recebem o dinheiro com a venda de títulos e oferecem para o mercado, aumentando a quantidade de moeda em circulação.

O Banco Central não é emissor de Títulos Públicos. Ele apenas faz as operações de Open Market com as instituições financeiras, comprando e vendendo títulos.

O Tesouro Nacional é único emissor de títulos públicos.

Redesconto

Redesconto, consiste na taxa de juros cobrada pelo Banco Central para emprestar recursos aos bancos.

Quando o Banco Central reduz a taxa de redesconto, os bancos tomam mais empréstimos, aumentando a quantidade de moeda em circulação.

Aumentando a taxa de redesconto, os bancos reduzem a tomada de empréstimo, uma vez que taxa ficou mais cara, assim diminuem os empréstimos concedidos aos clientes e a moeda em circulação é reduzida em consequência.

Política Fiscal

A política fiscal, considera a performance do Governo entre Arrecadação de impostos versus Gastos, ou seja, quanto o governo ganha e quanto gasta. Também entra nessa conta os resultados do governo através das suas empresas estatais com o recebimento de dividendos, que é a distribuição dos lucros destas empresas públicas.

  • Resultado do Governo = Arrecadação – Gastos
  • Superávit = Quando o Governo Arrecada mais do que Gasta
  • Déficit = Quando o Governo Gasta mais do que Arrecada

Resultado Nominal

O resultado nominal considera as despesas do governo com o pagamento dos juros da dívida pública (dívida referente a venda de títulos públicos)

Assim temos o Superávit Nominal ou Déficit Nominal.

Resultado Primário

No resultado primário, não consideramos os gastos do governo com o pagamento dos juros da dívida pública dos títulos públicos, diferente do cálculo do resultado nominal.

Resultado Primário vs Resultado Nominal

O Resultado Primário seria o operacional, o lucro bruto, já o Resultado Nominal é o lucro líquido, após o desconto dos gastos com juros da dívida.

O efeito do déficit do Governo

Gastar mais do que ganha é ruim para qualquer pessoa ou empresa, no o governo o efeito é o mesmo.

Sem dinheiro, o Governo precisa de empréstimos e faz isso emitindo títulos da dívida pública através do Tesouro Nacional.

A taxa desses empréstimos e o volume de dinheiro é o reflexo da política fiscal, um país com alto risco que gasta mais do que ganha, somente irá conseguir dinheiro oferente taxas altas para atrair os invetidores.

O reflexo negativo acontece porque o Governo acaba pagando juros das dívidas, não sobrando muito para investimentos em educação, segurança e saúde, entrando em um círculo vicioso que tende a piorar, igual uma pessoa que gasta mais do que ganha.

Função da Política Fiscal

Política fiscal contracionista

O governo busca o Superávit através do aumento de impostos, crescendo a arrecadação para pagar as contas, reduzindo gastos para conter despesas.

Política fiscal expansionista

Reduz a carga tributária, melhora o ambienta empresarial, facilita o acesso ao capital, aumenta os investimentos públicos, gerando emprego e renda.

Política Cambial

Balanço de Pagamentos

O Balanço de Pagamentos é o resultado das entradas e saídas de dinheiro no Brasil, calculadas em dólares;

Entradas: exportações, turismo, dinheiro de estrangeiros no Brasil, entre outros.

Saídas: importações, gastos de brasileiros no exterior, entre outros.

Existem 3 seguimentos no Balanço de Pagamentos;

  • Conta Corrente
  • Conta Capital
  • Conta Financeira

Conta Corrente

Formadas pelas seguintes contas;

  • Balança Comercial: Nível de exportações e de importações = exportação (X) – importação (M), quando as exportações sãos maiores que as importações, ocorre o Superávit Comercial, ao contrário, teremos um Déficit Comercial.
  • Balança de Serviços e Rendas: Fretes, Seguros, Turismo, outro serviços, Pagamento de Juros no Exterior, Remessa de Lucros e dividendos e transferências unilaterais.

Contas Capital e Financeira

Investimento Estrangeiro direto em empresas, empreendimentos, serviços, ações e títulos públicos, empréstimos e
financiamentos internacionais.

Taxa Cambial (câmbio)

A taxa de câmbio é a diferença entre a moeda de dois países. O valor da moeda do país de origem em comparação com o país de destino.

  • Dólar vs Real
  • Euro vs Dólar
  • Euro vs Real

Dólar variolizado sobre o Real

Este cenário favorece a exportação de produtos para o exterior, captação de recursos de investidores estrangeiros, entre outros.

Dólar desvalorizado sobre o Real

A desvalorização do Dólar e valorização do Real, aumenta as importações, investimentos de brasileiros realizados no exterior, consumo no exterior, redução da dívida internacional, entre outros fatores.

Regime de câmbio

O Brasil adota a “política cambial flutuante suja” que é determinada pelo mercado, por meio da relação entre oferta e demanda, mas com interferências do Banco Central que pode comprar ou vendar com intenção de ajustar o câmbio.

Expectativas econômicas reflete na Taxa de Câmbio

Nos momentos de crescimento econômico, credibilidade internacional, estabilidade financeira, a moeda Real é valorizada frente ao Dólar e nos momentos de economia instável o Real desvaloriza perante o Dólar.

Oferta e demanda

A oferta e procura por moeda interfere no câmbio, entrada de moeda estrangeira valoriza a moeda local, a saída de moeda estrangeira e aumento de moeda local, desvaloriza a moeda local.

Essa oferta e demanda pode ocorrer por diversos fatores, tais como; risco político, elevação ou redução de taxa de juros internas, resultado do PIB interno, entre outros.

Swap Cambial

O Banco Central trabalha influenciando a taxa de câmbio para alta ou para baixa, por esse motivo que a nossa taxa cambial é considerada suja, diante dos dispositivos utilizados pelo Banco Central para interferir, não deixando o mercado determinar o câmbio de forma livre e independente, ao menos não 100%.

O derivativo, Swap Cambial, é um dos instrumentos utilizados pelo Banco Central, operando a venda de dólar no mercado futuro ou a compra de dólar no mercado futuro.

  • Swap Cambial tradicional: passivo / posição vendida na ponta dólar do swap
  • Swap Cambial Reverso: ativo / posição comprada na ponta dólar do swap



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